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segunda-feira, 12 de abril de 2010

Lula contraria Globo e defende futebol às 21h
12/04/2010
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva entrou na polêmica do Projeto de Lei que pretende limitar o fim dos eventos esportivos até 23h15. Em entrevista à rádio Jovem Pan, durante o lançamento de um estudo do Dieese - no Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, neste sábado, Lula defendeu o início dos jogos às 23h. “Eu acho que os jogos deveriam ser às 21h para acabar às 23h”, disse o presidente.
O projeto de lei nº 564/06 teve como último capítulo o veto pelo prefeito Gilberto Kassab, em ato oficializado no Diário Oficial no dia 5 deste mês. O assunto vem gerando polêmica há meses no mercado. Do outro lado está o lobby da TV Globo, detentora dos direitos de transmissão do futebol, e que bate o pé para não ter que adaptar sua grade em função disso.
Se a lei fosse aprovada, a emissora, detentora dos direitos das transmissões de futebol, teria que mexer na grade e antecipar os jogos, iniciados geralmente às 21h50, em São Paulo. A emissora chegou a ir à Câmara Municipal para pressionar os vereadores a não aprovarem o projeto.
A Procuradoria Geral do Município alegou que o veto se motiva pelo fato de a "matéria relativa ao desporto ser de competência legislativa da União, Estados e Distrito Federal, cabendo ao Município apenas suplementar essas normas na hipótese de configuração de interesse local específico que necessita ser regulamentada, o que não ocorre nesse caso".
Além disso, a Procuradoria Geral justifica que “os inconvenientes advindos do horário do término de eventos esportivos não diferem daqueles verificados em outros tipos de eventos, não se justificando a restrição de horário a uma única programação” para concluir que “não parece razoável” a restrição de horário nos eventos esportivos.
O prefeito coloca outro aspecto como motivo para o veto: a cidade de São Paulo poderia perder a chance de sediar eventos de porte nacional ou até internacional que terminem depois desse horário.
À época da pressão da Globo sobre os vereadores da Câmara, o diretor executivo da Globo Esportes, Marcelo de Campos Pinto, argumentou que "a plasticidade dos estádios cheios nos interessam porque representa o estádio infinito, dá credibilidade à TV". Pois os jogos realizados às 21h45 durante a semana registram em média público de 23.787 pagantes, enquanto a dos jogos às 21horas, 17.911 pessoas.
O presidente da FPF, Marco Polo del Nero, que havia ameaçado levar os jogos da capital para o interior, declarou que os clubes paulistas podem ser impedidos pela Conmebol de participar da Taça Libertadores a partir de 2011, caso desrespeitem as regras de transmissão de TV.
Redação Adnews

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