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sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

Confecom termina com velhas propostas

A Confecom termina apresentando idéias requentadas como novidades. Propostas com a volta da lei de imprensa e a criação de um Conselho Federal de Jornalismo dão bem a dimensão das discussões levadas a cabo em Brasilia. Claro que existem propostas viáveis no documento final. Mas segundo o Ministro Franklim Martins, a Conferência teve caráter sugestivo, o que foi discutido ali pode não ser necessariamente acatado.

Seja como for a lista chega a 672 pontos. Agora caberá ao Governo mostrar a sua real intenção ao convocar tal conferência, pois parece que o mesmo queria apenas legitimizar algumas idéias que vão de encontro aos verdadeiros interesses dos grupos políticos que o compõem.

Como se vê, não foi a toa que as associações mais importantes não quiseram participar. Na verdade a firula do poder já foi dada e agora começa o jogo pra valer. Quem viver verá.

Um comentário:

  1. A Confecom é um começo

    A primeira Conferência Nacional de Comunicação venceu as limitações originais e terminou como exemplo histórico de democracia participativa. Foi um marcante revés para os setores da sociedade que se locupletam do eterno colapso de representatividade política, origem de monopólios e privilégios em qualquer área.
    As grandes empresas jornalísticas boicotaram o evento, demonstrando que seu conceito de liberdade equivale a um monólogo sem discordantes, à concessão de bens públicos isenta de contrapartidas. E se pensavam que sua ausência afetaria a legitimidade dos debates, devem estar decepcionadas.
    Mas parece prudente evitar regozijo demasiado. O documento elaborado pela Confecom servirá apenas como base hipotética e parcial para medidas legislativas. Nem todas as mais de 600 propostas resultantes são plausíveis ou positivas (por exemplo, a exigência de diploma jornalístico). É impossível que o Congresso atual aprove um emaranhado de mudanças drásticas em ano eleitoral. E é improvável que qualquer legislatura contrarie o poderosíssimo lobby da indústria midiática.
    O tempo das evoluções é longo. Se, daqui a dois ou três anos, um pequeno conjunto de idéias se transformar em modesta lei que demorará mais uma década para ser cumprida, já teremos avançado muito. Fica, no entanto, o símbolo do poder transformador da mobilização popular. Alguns o vêem como ameaça: pior para eles.

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